O trabalho no processo de dominação psicossocial, durante a ditadura civil-militar (1969-1979), a partir da biopolítica de Foucault
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v14.1097Palavras-chave:
Trabalho, Dominação Psicossocial, Regime Militar, Saúde, Biopol´íticaResumo
A pesquisa trata do trabalho no processo de dominação psicossocial no período da ditadura civil-militar de 1969 a 1979. O objetivo é explicitar a experiência do trabalhador sob a dominação psicossocial durante o período em análise. Qual é a estrutura e como se organiza a dominação sobre os sujeitos envolvidos nesse contexto? Como essa dominação impacta o trabalhador no que diz respeito a sua saúde psicossocial, suas motivações pessoais e seu ideal de futuro, e como são estruturadas as dimensões da organização de dominação? O referencial teórico é a teoria da biopolítica de Michel Foucault retratada, principalmente, a partir da obra “A História da Sexualidade”. Contextualiza-se, primeiramente, o período da ditadura de 1969-1979, o impacto do decreto do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), o déficit da saúde pública para garantir os direitos do trabalhador, bem como o processo de mudanças na organização econômica e trabalhista, em meio ao processo de modernização do país, que acompanhou o período da ditadura. Depois, descreve-se o papel e a influência das instituições e organizações na sociedade, a partir do psiquiatra Baremblitt, para um maior entendimento de como ocorre o processo de dominação psicossocial; adentrando o processo de mistificação à prática do trabalho, em que se constitui o sujeito, que admite a dominação como sendo natural, invariável e desejada por ele. Enfim, reconstrói-se o conceito de biopolítica foucaultiano, identificando a forma e o processo de dominação, relacionando os traços da biopolítica com as ações, decisões e impactos do governo sobre os cidadãos.
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