Privação e estado de nulidade: significações da ontologia do mal no pensamento de Agostinho de Hipona
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v9i1.851Resumo
O presente trabalho visa analisar aspectos referentes à problemática do mal, e, por conseguinte, elementos de sua nulidade ontológica no pensamento de Agostinho de Hipona. Para tanto, toma como referência sobretudo alguns pontos de reflexão empreendidos pelo Bispo de Hipona em sua obra clássica sobre o tema: o diálogo O livre-arbítrio. Inicialmente procura demonstrar a similaridade existente entre a compreensão firmada por Agostinho e o entendimento anteriormente apresentado pelo pensamento grego, sobretudo de viés platônico em torno à questão do mal. Assim como compreendia Platão, Agostinho afirma a noção de mal de um ponto de vista negativo, isto é, o mal só adquire estatuto ontológico na medida em que se constitui como contradição, carência e afastamento do Bem, ou seja, da plenitude do Ser em sentido metafísico. Assim sendo, a reflexão busca demonstrar como na perspectiva agostiniana este Ser, em estado de plenitude e perfeição ontológica, é pensado e definido como Deus. Sendo Deus criador de todas as coisas existentes, não poderia ser ele o ente gerador do mal. Deste modo, o mal assume caráter e sentido negativo do ponto da ontologia, sendo explicado como decorrência dos atos morais humanos empreendidos pelo livre-arbítrio.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Os artigos publicados na Revista Opinião Filosófica estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.