Como se faz filosofia? Contribuições de uma perspectiva histórica e fenomenológica
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v8i1.728Resumo
Tendo a investigação filosófica como tema deste artigo, sustentamos inicialmente uma relação íntima entre objeto e método em Filosofia. Mais do que paralelos, evidenciamos que ambos andam associados, ou seja, de acordo com o método será o objeto; e de acordo com o objeto será o método. Após uma breve introdução, tratamos de mostrar isso, historicamente, na segunda parte do artigo, em que abordamos Como se fez Filosofia. Fazemos uma rápida revisão das filosofias que tivemos. Desde os pré-socráticos, duas grandes linhas de pensamento filosófico se estruturam e se desenvolvem ao longo da vida ocidental. Uma de Parmênides ao Neotomismo contemporâneo, outra de Heráclito ao Marxismo contemporâneo. Uma filosofia do ser e outra do vir-aser, uma da Tradição, outra da Revolução. O que importa no nosso caso é perceber nitidamente que o método dialético, filho de Heráclito, está ligado à concepção da realidade como envolvente; e o método parmenídico à concepção da realidade como permanente. Evidenciamos também que, dos pré-socráticos até os racionalistas, a realidade objetiva era considerada objeto da Filosofia. Com o racionalismo e o criticismo, a subjetividade passa a ser objeto da Filosofia e o método o racional crítico. Por sua vez, com o racional criticismo não satisfazendo a necessidade humana de busca do sentido da vida, cria-se um novo método; surge a fenomenologia. Já na terceira parte do artigo, Como se faz uma Filosofia, tomamos como exemplo a corrente fenomenológica, que entende o homem como ser intencional. Seguindo esse caminho, finalizamos o artigo sustentando que, para fazermos Filosofia, temos que escutar o ser, dialogar com o ser e dizer o sentido da realidade. É neste escutar o ser e dizer seu sentido que surge o valor da vida.
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