O problema da metafísica em Kant e Hegel: Duas Investigações Sobre o Incondicionado

Autores

  • Marloren Miranda

Resumo

Kant, em sua Crítica da Razão Pura, toma para si a tarefa de colocar a metafísica no caminho seguro da ciência. Era preciso, segundo Kant, não apenas seguir o modelo das outras ciências, como a matemática e a física, e alterar o método pelo qual se fazia metafisica, mas igualmente questionar a possibilidade da nossa capacidade cognitiva de conhecer os objetos dessa ciência, objetos dados pela razão pura, a saber, Deus, a imortalidade da alma e a liberdade, ou, em outras palavras, as unidades sintéticas incondicionadas de todas as condições em geral. Para Kant, apenas com a razão pura teórica, é impossível, para nós, conhecer o incondicionado, uma vez que sua natureza é pratica. Hegel, por sua vez, seguindo os passos da revolução kantiana, pretendeu considerar o incondicionado não mais como algo que transcende ao nosso conhecimento teórico e que deveria ser tomado como uma hipótese, mas como algo que é imanente ao conhecimento e que deve ser puramente investigado, a saber, o absoluto. Era preciso redefinir a noção de ciência da perspectiva filosófica e, a partir disso, reformular seu método. O objetivo deste trabalho é, então, investigar como, nestes termos, Hegel reformula o problema do incondicionado e, assim, da própria metafísica.

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Publicado

2017-02-25

Como Citar

Miranda, M. (2017). O problema da metafísica em Kant e Hegel: Duas Investigações Sobre o Incondicionado. Revista Opinião Filosófica, 6(2). Recuperado de https://bkp.opiniaofilosofica.org/index.php/opiniaofilosofica/article/view/683