O consórcio boa vontade - dever no diagnóstico moral kantiano dos percursos da razão comum

Autores

  • Mateus Weizenmann

Resumo

Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, ao diagnosticar os caracteres morais que se apresentam à razão comum, Kant traça a íntima relação entre as disposições do sujeito, sob a forma do conceito de boa vontade, e a capacidade de estabelecer um critério objetivo para a esfera da ação, que destaca sob a forma do conceito de dever. Através destes conceitos, o filósofo dá início à caracterização de uma ética universal e deontológica que, entretanto, não subsiste unicamente por este consórcio, à medida que o conhecimento do bom não implica necessariamente sua execução. Com esta ressalva Kant exige, portanto, a interposição da filosofia para o estabelecimento de um critério mais seguro ao agir, o que implica que os conceitos de boa vontade e dever não determinem cabalmente sua ética, mas através deles se descortinem as elucubrações iniciais, ou pontos de partida, que se completam com a ereção do imperativo categórico. No presente artigo são discutidos os conceitos elementares da razão comum e a mútua vinculação que estabelecem para compor a moralidade na perspectiva kantiana.

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Publicado

2017-02-16

Como Citar

Weizenmann, M. (2017). O consórcio boa vontade - dever no diagnóstico moral kantiano dos percursos da razão comum. Revista Opinião Filosófica, 4(1). Recuperado de https://bkp.opiniaofilosofica.org/index.php/opiniaofilosofica/article/view/226