O Fim de uma Era:
a Diplomacia Eclesiástica na ruptura com o autonomismo da Política Externa Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v13.1066Palavras-chave:
Política Externa Brasileira, Inserção Internacional do Brasil, Governo Bolsonaro, Diplomacia Eclesiástica, OntologiaResumo
Este artigo tem o intuito de analisar a política externa da primeira metade do governo de Jair Bolsonaro. Levada a cabo por um grupo de personagens não tradicionais, como foi o caso do inexperiente Ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, a inserção internacional do Brasil rompeu com um ciclo autonomista iniciado em fins do século XX ao retomar posições associativistas. Mais do que isso, mostrou-se uma nova disposição do país através de uma retórica tradicionalista e cristã jamais antes adotada enquanto fonte de legitimação política-internacional; há o surgimento de uma nova ontologia na política externa brasileira. Dessa observação surge o conceito de diplomacia eclesiástica proposto pelos autores enquanto possível chave hermenêutica para a compreensão da política exterior do Brasil no período, a qual evidencia o fim de uma era.
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