Racismo e necropolítica

variações para uma biopolítica pós-colonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1055

Palavras-chave:

Racismo, Biopolítica, Devir-negro do mundo, Crítica pós-colonial

Resumo

O estudo aborda o fenômeno do racismo como dispositivo político que estrutura o funcionamento do capitalismo desde suas origens na primeira onda do colonialismo escravagista europeu. A tendência da crítica anti-racial de centralizar o problema do racismo na identidade afrodescendente é certamente justificável, sobretudo em realidades históricas como as do Brasil. Basta olhar as estatísticas para entender: as vítimas do racismo continuam sendo pessoas de origem africana. No entanto, oferecemos aqui elementos para uma abordagem não-identitária do fenômeno cujo objetivo será o de entender o racismo como processo de generalização da lógica discriminatória e excludente. A perspectiva biopolítica de Michel Foucault será uma referência fundamental em nosso estudo, mas pensamos que ela deve ser aprofundada se a nossa intenção for a crítica pós-colonial, e, dessa forma, as análises de Achille Mbembe serão ainda mais fundamentais.

 

Biografia do Autor

André Brayner de Farias, Universidade de Caxias do Sul - UCS

Doutor em Filosofia - PUCRS. Professor do PPG em Filosofia da Universidade de Caxias do Sul.

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Publicado

2021-12-31

Como Citar

Brayner de Farias, A. (2021). Racismo e necropolítica: variações para uma biopolítica pós-colonial. Revista Opinião Filosófica, 12(2), 1–20. https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1055