Entre Marx e Foucault
contradições do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1047Palavras-chave:
Essência humana., Força produtiva., Disciplina., CapitalismoResumo
A pesquisa trata das contradições do trabalho em Marx e em Foucault. Para tanto, o enfoque delimita-se a dois âmbitos: o trabalho dentro do sistema capitalista, isto é, a transformação da potência humana laboral em força produtiva dentro desse sistema; a controvérsia entre os pensadores acerca do trabalho, qual seja a divergência entre a constatação de Marx em Manuscritos econômico-filosóficos – o trabalho é um comportamento natural do ser humano, constituindo-o como ser genérico e é, portanto, a sua essência – e Foucault em A verdade e as formas jurídicas – para trabalhar o ser humano precisa ser submetido a uma série de tecnologias, não sendo possível dizer que se trata de um comportamento natural e, portanto, sua essência. Primeiramente, tratar-se-á da questão do trabalho no capitalismo, expondo como os pensadores compreendem que o corpo produtivo é fabricado a partir dos mecanismos disciplinadores do capital, de modo que seja possível perceber como Marx e Foucault podem se aproximar nessa questão e, ainda, como o segundo teve influência do primeiro para promover suas análises. Posteriormente, será abordado um ponto em que há um distanciamento entre eles, pois seus projetos adquirem rumos críticos diferentes. É importante que diferentes esteja em destaque, uma vez que a compreensão que aqui se chegou é que isso não faz com que estes projetos sejam contrários, somente diferentes.
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