Antifascismo acefálico
A conceituação psicológica do fascismo por Georges Bataille
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1044Palavras-chave:
Bataille, Fascismo, Heterogeneidade, Homogeneidade, EstadoResumo
O presente texto busca apresentar a conceituação do fascismo e sua estrutura psicológica segundo o autor francês Georges Bataille. A partir do texto intitulado A Estrutura Psicológica do Fascismo, pretendemos demonstrar, primeiramente, a estrutura psicológica da sociedade, a partir dos conceitos de homogêneo e heterogêneo. O homogêneo é tudo que é tido por útil e fundado pela produção, enquanto o heterogêneo é aquilo que é marginalizado ou por ser considerado lixo ou por ser considerado transcendental. Constatamos que há dois tipos de heterogêneo: um inferior e outro superior, sendo que o fascismo é um exemplo deste último. Analisaremos como o fascismo é a junção de dois poderes: o militar e o religioso. Sua organização interna é tal qual um exército, e seu líder tem uma aura divina. O fascismo é um movimento heterogêneo idiossincrático pois ele representa o matrimônio de forças heterogêneas soberanas com o Estado liberal homogêneo. Feito isto, apresentamos um terceiro conceito de heterogêneo: a heterogeneidade subversiva, que Bataille associa a movimentos antifascistas e que buscam trazer aquilo tido por lixo para o topo, demonstrando que, assim, a luta política não se travaria mais entre fascismo e comunismo, e sim entre forças heterogêneas que buscam escravizar a humanidade contra forças que buscam a emancipação humana.
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