Da educação no totalitarismo no Filme Liam
a escola como “instituição disciplinar” em Foucault e o exercício de educar como introdução de novos seres humanos no mundo em Arendt
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1034Palavras-chave:
Educação , Foucault, Arendt, Disciplina, AutoridadeResumo
Baseado no filme Liam (2000) e nas implicações ideológicas do processo formativo-educacional no âmbito do totalitarismo, o artigo analisa a escola como “instituição disciplinar” através da perspectiva de Michel Foucault em uma construção que tende à “fabricação” dos indivíduos enquanto “indivíduos-objetos” e “indivíduos-instrumentos”, convergindo para uma relação que encerra tanto a obediência quanto a utilidade e se sobrepõe à escravidão, à domesticidade, à vassalidade e ao ascetismo e implica uma dominação progressiva que atribui ao espaço escolar a condição de uma “máquina de ensinar” que guarda capacidade de vigiar, hierarquizar e recompensar. Dessa forma, recorrendo a Hannah Arendt, o artigo assinala que, se a educação consiste na introdução de novos seres humanos no mundo em um processo que atribui ao exercício de educar a possibilidade envolvendo um “por-em-ordem” que implica a tensão entre o novo e o velho, torna-se fundamental um conceito de autoridade correspondente ao âmbito educacional e que possibilite ao educador assumir o papel de representante do mundo diante da nova geração em uma relação de ensino-aprendizagem que sobrepõe a autoridade enquanto responsabilidade pelo mundo ao conhecimento do mundo em si e à capacidade do professor no sentido de realizar a instrução dos sujeitos.
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