Morte, vela, sentinela

luto e poesia como testemunho da ditadura militar brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1018

Palavras-chave:

Testemunho, Luto, Necropolítica, Necroética, Literatura brasileira contemporânea

Resumo

Neste artigo, nosso problema se vincula à tentativa de pensar possíveis razões por que escrever sobre a ditadura militar brasileira em nossa literatura contemporânea. A partir daí, temos como objetivo geral refletir sobre o estatuto do testemunho e de suas implicações no trabalho de luto.  Nosso método de pesquisa é analítico-descritivo de maneira crítica. Nossa base teórica parte, majoritariamente, da Filosofia, da Psicanálise e da Literatura. Num primeiro momento, regressamos às ideias freudianas de luto e melancolia para posterior ponderação sobre ressonâncias com a constelação afetiva do ressentimento. Numa segunda etapa, nos dedicamos a examinar a necropolítica, de Mbembe, a necroética, de Souza, e a categoria de vidas passíveis de luto, de Butler. Por fim, no terceiro tomo, exploramos a possibilidade de testemunho, principalmente, mas não só, a partir das ideias de Agamben, e a revolta do poema, acompanhada de excertos de Flores. Como resultados, em nossas considerações finais, pensamos acerca das potencialidades do luto e do testemunho para a vida política presente, tomando a ditadura militar brasileira como ponto de partida para reflexões filosóficas contemporâneas e para fazeres literários.

Biografia do Autor

Bianca Camargo de Lima, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Sou mestranda em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), bolsista pelo Programa de Excelência Acadêmica - PROEX (CAPES).

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Publicado

2021-08-05

Como Citar

Camargo de Lima, B. (2021). Morte, vela, sentinela: luto e poesia como testemunho da ditadura militar brasileira. Revista Opinião Filosófica, 12(1), 1–24. https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1018